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Uma noite em Bolonha - Biografias

Foto Maria Bailey (Sem Créditos)

MARIA BAYLEY | cravo e voz

Maria Bayley começou os estudos musicais no Instituto Gregoriano de Lisboa, estudando cravo com Cristiano Holtz. Licenciou-se em cravo no Conservatório Real de Haia (Países Baixos) com Jacques Ogg. Obteve o mestrado em teclados medievais e renascentistas na Schola Cantorum Basiliensis, com Corina Marti, e em canto com especialização em ensemble de música antiga no Conservatório de Tilburg, com Ildikó Hajnal e Vitali Rozynko. Estudou harpa barroca como segundo instrumento em ambos os mestrados, com Emma Huijsser e Heidrun Rosenzweig, respetivamente.

Como solista, obteve o primeiro prémio no concurso de cravo Carlos Seixas (2005), no Concurso Nacional de Cravo (2008) e no prémio JIMA (2012). Com o ensemble Heptachordum, obteve o primeiro lugar no Prémio Jovens Músicos (2012).

Colabora regularmente com La Academia de los Nocturnos, Cantores Sancti Gregorii e O Bando de Surunyo. É vice-presidente da Associação Ars Hispana, dedicada à investigação e edição de música espanhola. Fundou o ensemble Ars Lusitana em 2011, dedicado a interpretar principalmente repertório português, com o qual organizou vários workshops de polifonia renascentista. É também membro fundador do Ensemble 258, dedicado à performance de música barroca, com o qual organiza o ciclo 7 Colinas / 7 Cantatas, e cantora residente na Academia de Polifonía Española em Pastrana.

Completou um mestrado em teoria de música antiga no Conservatório Real de Haia, após realizar o estágio na Escola Superior de Música de Lisboa, lecionando a disciplina de Interpretação Histórica.

Atualmente, é estudante de Doutoramento na Universidade de Coimbra.

Foto Ricardo Leitão Pedro (Sem Créditos)

RICARDO LEITÃO PEDRO | teorba e voz

O alaudista e tenor português Ricardo Leitão Pedro é um dos poucos músicos de hoje dedicados à prática histórica de canto al liuto, acompanhando-se a si mesmo com diferentes instrumentos antigos de corda dedilhada.

Adotou o alaúde aos dezoito anos, inspirado por um concerto de Hespérion XXI e incentivado pelo então professor de guitarra clássica Pedro Fesch. Um ano depois, é aceite na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (Porto) na licenciatura em música antiga, durante a qual recebeu uma bolsa Erasmus para estudar no Conservatório Nacional Supérieur de Musique et Danse de Lyon como um dos últimos alunos de Eugène Ferré.

Posteriormente, mudou-se para a Suíça para prosseguir estudos na renomada Schola Cantorum Basiliensis, onde estudou alaúde com Crawford Young e Marc Lewon e canto com Dominique Vellard. Ricardo recebeu igualmente aulas particulares e frequentou masterclasses com cantores como Margreet Honig, Gerd Türk e Patrizia Bovi, bem como com os alaudistas Paul O’Dette, Hopkinson Smith, Eduardo Egüez e Rolf Lislevand.

É membro dos ensembles Concerto di Margherita e I Discordanti, com quem se apresenta frequentemente nos palcos europeus, e é frequentemente convidado a colaborar com diferentes conjuntos e orquestras, tanto enquanto cantor, como alaudista (Capella Sanctae Crucis, Coro Casa da Música, Orquestra XXI, Domus Artis, Troxalida, Agamémnon, La Boz Galana).

Sempre ávido de explorar outros domínios criativos, Ricardo compôs a música para o solo de trapézio Planisfério, de Joana Martins, que estreou em 2015 no festival FIS da Póvoa do Varzim. Em 2018, foi o músico selecionado por Rostislav Novak (Cirk La Putyka) para seu grupo de trabalho no festival de circo contemporâneo Die Originale, recebido no Berliner Festspiele, em Berlim.

Empenhado igualmente na investigação artística do ponto de vista do performer, Ricardo é presentemente doutorando na universidade Anton Bruckner (Linz, Áustria) com uma tese sobre a prática de improvisação do alaudista quatrocentista Pietrobono Burzelli. Paralelamente, está neste momento a preparar a edição das canções e peças instrumentais para alaúde do manuscrito Thibault (F-Pn Rés. Vmd ms. 27) para publicação pela editora suíça Terem-Music.

Fantasticaria é o seu primeiro álbum a solo, dedicado à música de Bellerofonte Castaldi para voz e teorba, com inclusão de composições e improvisações da sua autoria. Foi lançado de forma independente em fevereiro de 2020 e está disponível na maioria das plataformas digitais.

Foto Ana Raquel Pinheiro (Sem Créditos)

ANA RAQUEL PINHEIRO | violoncelo

Iniciou os estudos de violoncelo com o professor Rogério Peixinho. Licenciou-se na Escola Superior de Artes Aplicadas, na classe dos professores Miguel Rocha e Catherine Strynckx. Concluiu o Curso Biennio di Specializzazione em Milão (Itália) com a classificação máxima de 20 valores, na Scuola Civica di Musica di Milano, na classe do professor Gaetano Nasillo, e mais tarde frequentou o Curso de Mestrado na Academia Nacional Superior de Orquestra/Universidade Lusíada, com o professor Paulo Gaio Lima. Premiada no Concurso Internacional de Arcos Júlio Cardona 2001 com o 2º prémio e Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian ao longo de vários anos, obteve também uma bolsa de mérito da Fondazione Marco Fodella, em Itália.

Frequentou masterclasses com violoncelistas como Roel Dieltiens, Jeroen Reuling, Rainer Zipperling, Itziar Atutxa, Jed Barahal, Xavier Gaigne-Pan, Antonio Meneses, Márcio Carneiro, Jian Wang, Anner Bylsma, Ivan Monighetti, Luis Claret e Cristoph Coin, tendo colaborado com prestigiadas orquestras nacionais e internacionais, tais como Orquestra Gulbenkian, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Barroca da Casa da Música, La Risonanza, La Verdi, Academia Montis Regalis, Orquestra Barroca de Salamanca, El Arte Musico, I Musici di Santa Pelagia, Atalanta Fugiens, La Divina Armonia, entre outras.

Tem-se apresentado em recitais a solo, como por exemplo no Museu Calouste Gulbenkian. Integrando diversos agrupamentos de música de câmara e orquestras em Portugal, Espanha e Itália, gravou para editoras internacionais como Passacaille, Dynamic, Urania Records, Verso e Naxos. É atualmente membro do Quarteto Arabesco, da Orquestra Barroca Divino Sospiro, Músicos do Tejo, Orquestra Municipal de Sintra, Lisbon Film Orchestra e do Ensemble Itinerário.

Leciona violoncelo na Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) e na Academia de Música de Santa Cecília.

Foto César Nogueira (Sem Créditos)

CÉSAR NOGUEIRA | dir. musical e violino

César Nogueira é membro da Orquestra Barroca Casa da Música desde 2009. A estreita relação com esta orquestra não só permitiu observar de perto o trabalho de grandes solistas, como Alina Ibragimova, Enrico Onofri, Andreas Staier, Riccardo Minasi, Fabio Biondi, Dmitri Sinkovsky e Rachel Podger, como deu também a possibilidade de trabalhar com prestigiados maestros, dos quais se destacam Laurence Cummings, Christophe Rousset, Rinaldo Alessandrini, Masaaki Suzuki, Andrew Parrott, Paul Hillier, Harry Christophers, Hervé Niquet, entre outros.

No seu percurso profissional, teve a oportunidade de colaborar como músico convidado em diversas orquestras e grupos, como Remix Ensemble, Orquestra Nacional do Porto, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Ludovice Ensemble, Concerto Campestre, Alma Mater, Orquestra Gulbenkian e Divino Sospiro, tendo trabalhado com Peter Rundel, Heinz Holliger, Pedro Neves, Miguel Jalôto, Evgeny Bushkov, Michael Zilm, Emilio Pomàrico, Massimo Mazzeo, entre muitos outros.

Em 2014 e no ano seguinte, foi selecionado para participar na Remix Summer Academy, curso dedicado à música contemporânea.

No âmbito da música antiga, participou em Masterclasses com Enrico Onofri (San Leo), Ryo Terakado e Susanne Scholz (Urbino) e Enrico Gatti (Casa de Mateus). Em 2020, participou na Ensemble Academie, promovida pela Freiburg Barockorchester, tendo estudado com Gottfried von der Goltz e Petra Müllejans.

Em 2019, foi selecionado para tocar a solo no projeto La Primavera de La Risonanza, sob a direção de Fabio Bonizzoni e John Holloway, em Milão.

Gravou para a Naxos e Harmonia Mundi com os grupos Concerto Campestre e Orquestra Barroca Casa da Música.

César Nogueira é natural de Coimbra, estudou na Universidade de Aveiro, tendo terminado em 2010 a licenciatura profissionalizada em Ensino de Música. Estudou com Clara Ramos, Zóltan Santa e Aníbal Lima. Concluiu recentemente o mestrado em Música Antiga, na Escola Superior de Música de Lisboa, na classe do Professor Benjamin Chénier.

Além da sua atividade como músico profissional, é professor de violino e música de câmara na Escola Profissional da Metropolitana.