De regresso ao passado na Real Quinta de Queluz, sem nunca abandonar o presente e sempre com um olhar sobre o futuro
![Exteriores Palacio Nacional Queluz Credits PSML WP 16 21](https://www.parquesdesintra.pt/media/r0kcerkr/exteriores_palacio_nacional_queluz_credits_psml-wp_16-21.jpg?rxy=0.38345864661654133,0.5300562135626732&width=327&height=184&quality=90&format=webp&rnd=133396187643300000)
No tempo em que Lisboa terminava um pouco acima da atual Praça dos Restauradores, toda a sua cintura geográfica se encontrava repleta de pitorescas aldeias, férteis campos agrícolas e nobres quintas. Falamos de Benfica, Lumiar, Belas, Caneças, Odivelas, Sintra e, claro, Queluz. Construída no século XVI como propriedade agrícola e de veraneio dos Marqueses de Castelo Rodrigo, a quinta de Queluz veio a integrar a Casa do Infantado, chegando mesmo a albergar a família real e toda a corte portuguesa.
Em contraste com o seu ambiente pacífico e de sonho, onde aparentemente as convulsões do mundo exterior não têm acesso, a Real Quinta de Queluz esteve no centro do furação que no início do século XIX mudou a face da Europa e forçou monarcas deste nosso país europeu a viverem, subirem ao trono e morrerem no continente americano, algo de resto inédito em toda a História europeia.
A visita que se propõe é um convite de regresso ao quotidiano da corte portuguesa absolutista e à transição para o Liberalismo, no meio de convulsões políticas e sociais difíceis de imaginar no cenário idílico desta quinta de recreio. No final, espera-nos a todos a maior recompensa que Queluz tem para oferecer: um passeio livre e sem horas marcadas nos labirintos paradisíacos dos jardins da Real Quinta de Queluz.