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Parques de Sintra reforça eficiência dos sistemas de águas dos Parques de Monserrate e da Pena

10 nov. 2022

No âmbito do projeto que visa o reforço da gestão eficiente de águas não potáveis nas áreas que gere, a Parques de Sintra iniciou esta semana intervenções nos sistemas de águas dos Parques de Monserrate e da Pena. Os trabalhos que agora arrancam dão continuidade ao esforço desenvolvido pela empresa, ao longo da última década, com o objetivo de melhorar e modernizar os métodos e equipamentos de rega dos parques e jardins históricos que tem ao seu cuidado. Os efeitos das alterações climáticas e a crescente escassez de água colocam em risco a manutenção da riqueza hídrica da Serra de Sintra, tão característica desta região, e, consequentemente, a sua vegetação exuberante. Assim, a aposta numa gestão mais eficaz da água é um investimento prioritário para assegurar a missão de conservação e restauro do património natural à guarda da Parques de Sintra.

 

Com vista a tornar mais eficiente o fornecimento de água ao Parque de Monserrate, é necessário intervir na Tapada de Monserrate, já que é no seu interior que é captada uma parte muito significativa da água que abastece o Parque onde existem mais de 60 nascentes e minas escavadas no granito. A água é distribuída a partir destas minas, através de um complexo sistema hidráulico com mais de 16 500 metros de extensão.

 

Nesta fase, os trabalhos na Tapada de Monserrate incidem na manutenção e prospeção de parte das estruturas construídas que formam o sistema de águas tradicional. As ações em curso vão permitir a sua recuperação, a realizar durante o ano de 2023, e contemplam os elementos de captação – nascentes e minas; os elementos de condução e distribuição de água – caleiras, canais, condutas e valas; e as mães-de-água e caixas de visita ou de decantação.  O objetivo principal é aumentar o potencial de captação de água não potável e disponibilizá-la para utilização, não só nas regas dos jardins e estufas do Parque de Monserrate, como também no abastecimento de todos os tanques e lagos.

 

No Parque da Pena, a intervenção centra-se no Lago de Cascais. Com uma área de implantação de 260 metros quadrados, para além da sua vertente decorativa, funciona como reservatório de transferência de água para abastecimento dos depósitos de rega e dos tanques decorativos do Jardim da Condessa d’Edla e da Quinta da Pena. No entanto, vem registando fugas significativas, pelo que é necessário proceder à sua impermeabilização.

 

Em 2017, com recurso a uma empresa especializada, procedeu-se à recuperação da camada de asfalto que reveste o lago, procurando reproduzir a solução aplicada neste local pelo Barão Eschwege, no século XIX. Contudo, a intervenção não estancou as perdas de água, pelo que a Parques de Sintra avança agora com a instalação de uma tela de PVC de impermeabilização. Tal opção permite restabelecer a função ornamental deste espelho de água, bem como reter um volume de cerca de 300 metros cúbicos de água a utilizar na rega do Jardim da Condessa d’Edla. Esta reserva não cobre a totalidade das necessidades hídricas do espaço, mas permite reduzir significativamente a utilização de água potável na rega.

 

Os trabalhos incluem, igualmente, a reparação da conduta de água que liga o Lago de Cascais ao Jardim da Condessa d’Edla, bem como a revisão de todos os acessórios de rega junto ao Chalet da Condessa d’Edla. Para um melhor aproveitamento da água não potável no Parque da Pena, está também prevista a conclusão da ligação entre o depósito da Abegoaria e o conjunto de estufas de exposição e produção da Quinta da Pena.

 

Esta fase de intervenções nos sistemas de águas dos Parques de Monserrate e da Pena tem uma duração prevista de 3 meses e corresponde a um investimento superior a 100.000€.

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