Parques de Sintra partilhou boas práticas de turismo acessível em debate promovido pelo Turismo de Portugal
05 fev. 2025
A convite do Turismo de Portugal, Sofia Cruz, Presidente do Conselho de Administração da Parques de Sintra, participou ontem, 4 de fevereiro, no Hotel Mundial, em Lisboa, numa mesa-redonda sobre “Boas práticas nacionais de turismo acessível”. O debate integrou o programa da sessão de divulgação do novo esquema de certificação da Norma Portuguesa – ISO 21902:2022 – Turismo Acessível, que arrancou com uma intervenção de Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal.
De acordo com informação divulgada pelo Turismo de Portugal, para além da divulgação e implementação do novo esquema de certificação, que promove “a acessibilidade como pilar fundamental para o turismo inclusivo e sustentável”, o evento, de entrada livre, visou “constituir-se como um espaço de partilha e reflexão sobre a certificação e como esta pode contribuir para o crescimento da inclusão, da sustentabilidade e da qualidade do turismo em Portugal.”
Na mesa-redonda sobre “Boas práticas nacionais de turismo acessível”, juntaram-se a Sofia Cruz, Tiago Gomes, do Hotel Villa Batalha; Pedro Moreira, da EGEAC; e Sofia Martins, da Just Go by Sofia. A Presidente do Conselho de Administração da Parques de Sintra partilhou a experiência da empresa que tem trabalhado para ser um exemplo ao nível da inclusão, promovendo a igualdade de acesso ao património natural e construído que gere.
Desde o final de 2013, através do projeto “Parques de Sintra Acolhem Melhor”, que representa um investimento global de cerca de 2 milhões de euros e é cofinanciado pelo Turismo de Portugal em 25%, a empresa tem investido na melhoria das condições de acessibilidade aos parques e palácios que tem ao seu cuidado.
Sempre que possível, a Parques de Sintra procedeu a adaptações físicas dos espaços, bem como à instalação de novos equipamentos, como maquetes, rampas, trepadores de escadas ou plataformas elevatórias e à disponibilização de aparelhos de tração para cadeiras de rodas. Simultaneamente, melhorou a qualidade dos serviços prestados a públicos diversificados, incluindo pessoas com deficiência, de forma a garantir uma transmissão de conhecimentos mais eficaz ao nível cultural. As plataformas e métodos de comunicação também foram otimizados, tirando partido das novas tecnologias e implementando, por exemplo, visitas 360º aos Palácios Nacionais de Sintra e da Pena, os monumentos que, devido às suas características, colocam maiores desafios no que toca à acessibilidade.
Ao longo da última década, registou-se um aumento crescente de pessoas com deficiência a visitar os espaços geridos pela Parques de Sintra, com maior incidência no Parque e Palácio da Pena e no Palácio Nacional de Sintra. Esta trajetória de subida apenas foi interrompida durante a pandemia de COVID-19, tal como nos restantes públicos-alvo. No entanto, foi retomada, tendo alcançado no último ano, 2024, o número mais elevado desde o início do projeto: um total de 6160 visitantes, contra 1817, em 2013, o que representa um crescimento de 339%.
