Castelo dos Mouros assinala três anos de guerra na Ucrânia
20 fev. 2025
No próximo dia 24 de fevereiro, data em que se completam três anos de invasão russa da Ucrânia, o Castelo dos Mouros estará iluminado de azul e amarelo, as cores da bandeira ucraniana. Esta ação simbólica, realizada na sequência do pedido da Embaixada da Ucrânia em Portugal, é uma iniciativa conjunta da Parques de Sintra e do Município de Sintra, que presta homenagem às vítimas deste conflito armado. Simultaneamente, é uma demonstração de apoio à Ucrânia – que, desde 2022, luta pela sua independência e pela integridade do seu território – e à comunidade ucraniana em Portugal, em particular no concelho de Sintra.
Enquanto entidade gestora de património integrado na Paisagem Cultural de Sintra, declarada Património Mundial pela UNESCO em 1995, a Parques de Sintra está comprometida com as causas defendidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), que condenou a invasão russa da Ucrânia desde o primeiro momento. A organização tem atuado nas regiões do país atingidas pela guerra, assegurando ajuda humanitária e denunciando violações dos direitos humanos no território.
No início deste ano, a subsecretária-geral para Assuntos Políticos e de Consolidação da Paz da ONU, Rosemary DiCarlo, apresentou um balanço do número de mortos e feridos registados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), entre fevereiro de 2022 (quando começou a guerra) e 31 de dezembro de 2024. Neste período, pelo menos 12 456 civis, incluindo 669 crianças, foram mortos. Além disso, 28 382 civis, incluindo 1 833 crianças, ficaram feridos.
De acordo com Di Carlo, “o mais perturbador é que em 2024 testemunhámos um aumento alarmante no número de vítimas civis. No ano passado, o número total de civis mortos e feridos foi 30% maior do que no ano anterior (...). O aumento de vítimas entre crianças é particularmente angustiante". A representante da ONU sublinhou que mais crianças foram mortas ou feridas nos primeiros três trimestres de 2024 do que em todo o ano de 2023, acrescentado que "os números reais são provavelmente consideravelmente maiores".
