Uma aventura de geocaching para explorar a Serra de Sintra

Em novembro, a programação Sintra PH30 continua a celebrar o trigésimo aniversário da classificação da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade pela UNESCO com experiências originais que trazem aos jovens novas perspetivas sobre este património excecional. Para os mais aventureiros, a proposta é uma atividade de geocaching na Vila Sassetti, em plena Serra de Sintra. Para os curiosos, há três visitas exclusivas aos bastidores do Palácio Nacional de Sintra, que permitem descobrir a sua extraordinária coleção de azulejos hispano-mouriscos; a forma como a sua arquitetura evoluiu ao longo dos séculos; e as vidas ocultas que por ali passaram.

No fim de semana de 8 e 9 de novembro, a aventura através da Paisagem Cultural de Sintra acontece em dinâmica de geocaching, num dos recantos mais belos e menos conhecidos da Serra. Sozinhos ou em equipa, os participantes são desafiados a descobrir as cinco caches escondidas em torno da Vila Sassetti, responder aos quizzes, ganhar avanço com a cache extra e celebrar a sua perícia no convívio no Palácio Nacional de Sintra, com prémios e doces tradicionais da região.

A atividade, integrada na tipologia de atividade Heritage Sports, tem a duração aproximada de duas horas e realiza-se em diversos horários entre as 10h00 e as 16h00.

A 15 e 16 de novembro, sábado e domingo, respetivamente, a programação Sintra PH30 propõe três visitas exclusivas Open Heritage: Cores e Formas de Influência Islâmica para um Palácio Cristão, O Tempo e o(s) Paço(s) e Vidas Ocultas que prometem dar a conhecer o Palácio Nacional de Sintra de uma forma nova, proporcionando, também, ao público o acesso a áreas habitualmente excluídas do percurso expositivo.

A primeira destas visitas — Cores e Formas de Influência Islâmica para um Palácio Cristão —, a 15 de novembro, às 10h30, desvenda um dos maiores conjuntos de azulejos aplicados da Europa, que serviram para revestir e embelezar pavimentos e, sobretudo, paredes no Paço de Sintra. Passando por espaços públicos e de acesso reservado, o percurso proposto permite um contacto próximo com estes objetos funcionais, ornamentais e de caráter arquitetónico, testemunho da história e da evolução dos azulejos dos séculos XV e XVI em Portugal.

A azulejaria chegou a Portugal através da cultura árabe presente na Península Ibérica, incorporando novas técnicas cerâmicas e linguagens decorativas. Esta influência prolongou-se para lá da reconquista cristã (século XII), dando lugar, nos séculos XV e XVI, a diversos tipos azulejares, tradicionalmente denominados "hispano-mouriscos", que, ainda hoje, constituem a marca distintiva do Palácio Nacional de Sintra.

Ainda no sábado, mas às 15h00, a visita O Tempo e o(s) Paço(s) revela as diferentes camadas históricas do Palácio, a forma como foi habitado ao longo do tempo e como a junção de várias "casas" e paços de diferentes épocas deu origem ao que hoje é conhecido como o Paço de Sintra, que tem mais de mil anos de história.

Através da observação dos espaços, os participantes serão convidados a compreender como a arquitetura molda as vivências, transporta simbolismos e influencia a vida quotidiana. As formas de habitar dos séculos XV e XVI não são as mesmas que ditaram a arquitetura dos palácios construídos nos séculos XVIII e XIX. E, num palácio como o de Sintra, as alterações eram mais exigentes de modo a cumprir todas as necessidades da Família Real, que vinha acompanhada da corte, composta de juízes, oficiais, damas, camareiros, mais um rol de pessoas. Era, assim, necessário criar um “labirinto” de espaços, preparado para várias funções, respeitando hierarquias, e apto para as diferentes áreas da governação do reino.

No domingo, 16 de novembro, às 10h30, a visita Vidas Ocultas percorre os recantos mais secretos do Palácio Nacional de Sintra, mostrando espaços habitualmente vedados ao público e abordando histórias que ficaram à margem dos grandes relatos da História.

Conduzido por um dos conservadores do monumento, este percurso exclusivo revela as faces anónimas do palácio, aquelas que o tempo não celebrou, mas que marcaram a vida e os quotidianos dentro destas paredes. Para os participantes nesta visita, abrir-se-ão as portas dos aposentos resguardados das rainhas de Portugal, da câmara-prisão do rei D. Afonso VI e das áreas privadas dos serviçais, onde ecos de vidas discretas ainda ressoam.

A programação SINTRA PH30, que decorre ao longo de 2025, é composta por atividades exclusivas e tem como grande objetivo aproximar os jovens do património cultural, proporcionando-lhes experiências de exploração da natureza e dos monumentos de Sintra repletas de aventura, mistério e diversão.

As ações programadas dividem-se em quatro tipologias: HERITAGE SPORTS, com Gincanas do Património, Provas de Orientação, Geocaching, BTT e Caminhadas; ODD HERITAGE, com Escape Room, Murder Mystery e Ghost Experience em alguns dos monumentos mais emblemáticos de Sintra; OPEN HERITAGE, com visitas aos bastidores ou a estaleiros-abertos de intervenções de conservação e restauro em curso; e TALKS, um conjunto de conversas sobre património cultural e natural, precedidas de uma breve atuação musical ao piano e complementadas por visitas.

A programação pode ser consultada na plataforma Sintra PH30, onde estão disponíveis as inscrições para as atividades (cuja capacidade é limitada), pelo custo simbólico de 1€ por participante.

Todos os participantes da programação SINTRA PH30 podem habilitar-se a prémios adicionais, caso marquem presença em 5 das 30 ações previstas para o ano de celebração do trigésimo aniversário da classificação pela UNESCO da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade.

Na plataforma Sintra PH30, há, ainda, quizzes para aprender mais sobre o património de Sintra, bem como pistas determinantes para as atividades no terreno.

As celebrações do 30º aniversário da classificação da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade pela UNESCO são da responsabilidade da Parques de Sintra, Câmara Municipal de Sintra e Fundação Cultursintra.