Parques de Sintra recupera cerca de 350 vãos de portas e janelas nos Palácios Nacionais sob a sua gestão

20 dez. 2024

Nos Palácios Nacionais de Sintra, de Queluz e da Pena, estão a decorrer trabalhos de conservação e restauro que abrangem cerca de 350 vãos de portas e janelas, tanto no exterior, como no interior dos monumentos. Privilegiando a utilização de materiais duráveis e de elevada qualidade, a intervenção nestas caixilharias em madeira, que são fundamentais para assegurar a conservação dos edifícios, tem como objetivo melhorar as suas condições de isolamento e funcionalidade.

 

Todos os elementos que constituem os vãos serão recuperados de forma a restabelecer a integridade física dos materiais, incluindo os componentes funcionais e ferragens. As estruturas em madeira serão estabilizadas com vista à coesão global de cada vão, para garantir o seu correto funcionamento e servir de suporte estável onde existam vidros.

 

No Palácio Nacional de Sintra, os trabalhos contemplam não apenas os vãos interiores e exteriores de algumas salas integradas no circuito de visita, nomeadamente, os aposentos de D. Maria Pia, a Cozinha, a Sala das Pegas, a Sala Árabe e as salas adjacentes ao Quarto de D. Afonso VI; mas também diversas zonas de serviço como as reservas, os escritórios, os balneários e o refeitório.

 

Previamente, foram realizadas sondagens para averiguação da estratigrafia das várias camadas de tinta existentes, com o intuito de garantir que o tom e a técnica a aplicar nos vãos de cada sala correspondem ao seu período histórico e à respetiva museografia. Assim, é expectável a reformulação estética de alguns vãos do Palácio, cuja cor atual, maioritariamente sangue-de-boi, não está em consonância com a época histórica de alguns compartimentos.

 

Nos vãos do Quarto de D. Afonso VI, do corredor e das salas adjacentes, proceder-se-á à reposição da pintura decorativa em fingido de madeira do século XIX, atualmente coberta por uma ou mais camadas de tinta e demais camadas preparatórias.

 

Quanto ao Palácio Nacional de Queluz, a intervenção incide nos vãos interiores das Salas do Trono e da Música; Salas do Pavilhão Robillion; Salas D. Maria e Pompeiana. No que se refere aos vãos exteriores, os trabalhos englobam as fachadas voltadas para o Jardim de Malta e para o Jardim Pênsil, o Pavilhão Robillion, o Auditório, as Jaulas e a Cafetaria.

 

A nível estético, o intuito é conferir um aspeto homogéneo aos vãos intervencionados, em harmonia com as cores originais utilizadas na construção deste Palácio e salvaguardando os elementos decorativos que caracterizam o seu interior.

 

No Palácio Nacional da Pena, serão restaurados os principais vãos, incluindo os do Salão Nobre, os da fachada norte e os da entrada principal. Os esquemas de pintura serão revistos, as peças em madeira que estiverem degradadas serão substituídas e os elementos funcionais, como dobradiças ou trincos, serão recuperados.

 

Os trabalhos estendem-se, também, ao Parque de Monserrate, mais concretamente à Casa de Pedra, cujos vãos serão reabilitados.

 

A implementação deste projeto, que representa um investimento total de cerca de 1 milhão e meio de euros, será faseada e vai prolongar-se, previsivelmente, até julho de 2025, no Palácio Nacional de Sintra; até ao final desse ano, no Palácio Nacional da Pena; e até dezembro de 2026, no Palácio Nacional de Queluz.

01 Restauro Vaos PNQ Sala Do Trono E7A2787©PSML Jose Marques Silva Bx
02 Restauro Vaos PNQ Sala Do Trono E7A2812©PSML Jose Marques Silva Bx
03 Restauro Vaos PNQ Sala Do Trono E7A2772©PSML Jose Marques Silva Bx