4/10/2024 (a partir das 17h00): acessos condicionados no Palácio e Jardins de Queluz. Saiba maisPalácio da Pena: visita ao interior apenas com data e hora marcada, indicadas no seu bilhete; não existe tolerância de atraso.  Saiba mais

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Descubra os objetos em exposição no Palácio Nacional de Sintra

Sala das Galés

Mandada construir por D. João III (1502-1557), esta sala, talvez uma galeria, conectava os seus aposentos com a ala noroeste do Palácio. Possivelmente, era nesta sala que o seu neto, o rei D. Sebastião, vinha dormir a sesta e dialogar com os seus mestres.

O teto com galés de Portugal, do Império Otomano e dos Países Baixos data do século XVII e talvez quisesse recordar um evento importante, mas o seu significado perdeu-se.

 

Conheça os objetos expostos nesta sala.

Ceramica Manises 793X590px

Cerâmica Mourisca

Peças produzidas na região de Valência, em Espanha, entre os séculos XV e XVIII. Os seus criadores são hoje desconhecidos.

A maioria destes exemplares foi reunida pelo rei D. Fernando II (1816-1885) e estiveram originalmente expostos no Palácio da Pena. No período em que foram reunidos eram vistos como identitários da cultura portuguesa, que se definia como produto positivo do encontro de várias culturas. Neste caso, entre a cristã e a muçulmana.

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Contador

  • Índia, século XVIII
  • Teca, ébano, pau-santo, marfim, latão e cobre
  • Nº. Inv. PNS3070

Este contador indo-português foi produzido nos séculos XVII ou XVIII e tem uma decoração geométrica com embutidos em marfim. Durante muito tempo, as figuras nas pernas dos contadores foram interpretadas como sendo Nagini, divindades metade humanas, metade serpentes das religiões hindu, budista e jainista. Porém, as figuras destes contadores são metade humanas, metade peixes. Ao contrário do que se pensava, não serão estas figuras simplesmente sereias?

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Pote

  • China
  • Dinastia Qing – reinado Kangxi (1662-1722)
  • Porcelana
  • Nº. Inv. PNS110
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Armário

  • Portugal, século XVII-XVIII
  • Madeira (mogno?) e metal dourado
  • Nº. Inv. PNS3110
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Cena de Batalha

  • Georg Philipp Rugendas (atrib.)
  • Alemanha, século XVII-XVIII
  • Óleo sobre tela
  • Nº. Inv. PNS3630
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Batalha contra os Turcos

  • Georg Philipp Rugendas (atrib.)
  • Alemanha, século XVII-XVIII
  • Óleo sobre tela
  • Nº. Inv. PNS3631
PNS3109

Armário

  • Portugal, século XVII
  • Sucupira, pau-santo (?) e metal dourado
  • Nº. Inv. PNS3096
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Terrina

  • China
  • Dinastia Qing - reinado Qianglong (1770-1780)
  • Porcelana
  • Nº. Inv. PNS54
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Terrina

  • China
  • Dinastia Qing - reinado Qianglong (1736-1795)
  • Porcelana
  • Nº. Inv. PNS61
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Terrina

  • China
  • Dinastia Qing - reinado Qianglong (c.1760)
  • Porcelana
  • Nº. Inv. PNS60
Tecto Sala Gales 790X593px

Pintura de Teto

Esta sala deve o nome às galés pintadas no seu teto, que ostentam as bandeiras de Portugal, do Império Otomano e dos Países Baixos. Ocultada por um teto falso no século XIX, a pintura foi retirada da penumbra no século seguinte. A memória do seu significado original, contudo, perdeu-se.

Memória

As salas deste núcleo foram construídas no século XVI por iniciativa de D. João III (1502-1557). Foram alteradas várias vezes e perderam a sua decoração original. A informação sobre como eram utilizadas permanece por encontrar.

Acreditamos que a primeira sala – a das Galés – possa ter sido uma galeria. Nos palácios reais europeus, as galerias serviam para passear e desfrutar das vistas, mas também para estimular o diálogo intelectual. Este tipo de diálogo, frequentemente entre um mestre e um discípulo, era uma forma de produzir conhecimento. Estes diálogos foram particularmente importantes durante o Humanismo – a doutrina filosófica que vigorou na Europa dos séculos XV e XVI. As conversas poderiam girar em torno dos temas pintados nas paredes ou nos tetos da galeria, que nalguns casos serviam para exaltar os feitos da Monarquia. Assim, as galerias eram locais de descanso e reflexão, mas também lugares de memória.

O núcleo está dividido em duas partes. A Sala das Galés promove o debate sobre a influência da herança islâmica na memória nacional portuguesa. As salas seguintes exibem objetos que serviam para conservar a memória das famílias nobres.