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A Coudelaria de Alter foi criada em 1748, no âmbito de uma nova política coudélica, iniciada em 1708, pelo Rei D. João V. O Rei Magnânimo estava descontente com o estado em que estavam os cavalos do reino e desejava que Portugal tivesse uma produção nacional de cavalos de sela, de Alta Escola, em vez de os adquirir no estrangeiro. A ideia era ter uma coudelaria especial onde se produzissem os melhores cavalos de estado que serviam também de reprodutores para as demais coudelarias gerais do reino. É então que se instala na Coutada do Arneiro, propriedade da casa de Bragança, a coudelaria que mais tempo leva de funcionamento contínuo, no mesmo local, em todo o mundo: a Coudelaria de Alter. É o Rei D. José I que acaba por concretizar a instalação e estruturação da Coudelaria de Alter, cuja primeira manada foi constituída por éguas, quase todas provenientes de Espanha.

 

No decurso do século XIX, a instabilidade da conjuntura nacional acabou por se refletir na dinâmica técnica e administrativa da Coudelaria de Alter que, entre 1842 e 1910, enfrentou várias dificuldades. Quando é proclamada a República, com o arresto dos bens da Coroa, a Coudelaria foi transferida para o Ministério da Guerra, passando a chamar-se Coudelaria Militar. Só em 1942 as propriedades e a manada de Alter foram transferidas para o Ministério da Economia, altura em que se inicia um processo de recuperação do cavalo Alter-Real. Em 2007, a Coudelaria de Alter é integrada na Fundação Alter Real, mantendo a sua missão de fundo: a criação e a valorização do cavalo Lusitano Alter Real. A partir de 2 de agosto de 2013, a Coudelaria de Alter passou a ser gerida pela Companhia das Lezírias, S.A., tendo-lhe sido atribuída, através de delegação de competências de serviço público, a preservação do património genético animal da raça lusitana, quer na linha genética da Coudelaria Nacional, quer na linha Alter Real.

 

Todos os cavalos da Escola Portuguesa de Arte Equestre são lusitanos provenientes da Coudelaria de Alter Real.